Uma pesquisa divulgada recentemente pelo serviço de streaming Ditto Music revelou um dado preocupante para o futuro da música ao vivo. Segundo o levantamento, cerca de 82% dos artistas independentes no mundo não têm condições financeiras para sair em turnê. Com base em entrevistas com 1.500 músicos, o estudo também mostrou que 58% deles precisaram recusar oportunidades de shows fora da sua região, por falta de recursos.
O cenário é desanimador. Mesmo com a receita global de turnês em alta, a maior parte do dinheiro está concentrada no topo da cadeia, entre a parcela de 1% dos artistas mais populares.
Para a imensa maioria, o sonho de rodar o mundo com sua música esbarra em custos altos de viagem, alimentação, hospedagem e a falta de locais que paguem cachês justos.
Esse desequilíbrio não afeta apenas o bolso, mas o próprio desenvolvimento artístico. Afinal, tocar ao vivo é uma escola insubstituível para qualquer músico. Sem a chance de testar repertórios, errar, acertar e sentir a energia da plateia, muitos talentos emergentes correm o risco de não desenvolver plenamente suas habilidades no palco.
O resultado? Uma geração de artistas com pouca experiência ao vivo, lutando para encontrar espaço em um mercado cada vez mais competitivo e desigual. E, para o público, menos oportunidades de descobrir novas bandas em shows pequenos e inesquecíveis.
Muitos destes artistas só encontram espaço em programas segmentados, tanto na TV como no rádio, além das platafoprmas digitais de música, como o Spotify, por exemplo.
Na programação da Super Hits, você pode conferir muitos destes novos nomes da música, nacionais e internacionais, como Desvio Padrão (Brasil), Loopingmiles (Suiça), Largo Olvido (Chile), Hora Zen (Brasil), Yorkers (Argentina), Edgar Rebel (França), TV República (Brasil), e muito mais.